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Ex-presidente nacional da UJS, era Secretário de Esportes do Pará e é atual dirigente do PCdoB e pai coruja da Clarice.
segunda-feira, 19 de julho de 2010

Carta de uma eleitora especial

Jorge Panzera, meu candidato a deputado federal!


Vejo com muito bons olhos a atuação do futuro deputado federal Jorge Panzera, então candidato do PCdoB. Sustento essa afirmativa refletindo sobre atos e condutas assumidas por esse jovem que destacam uma adequada postura política. Poderia lembrar muitos fatos, mas, gostaria de abordar sobre episódios anteriores ao nascimento de Jorge Panzera e contar, em especial, um caso em que ele protagonizou sobre a condição da mulher quando ainda estudante do Colégio Estadual Santana Marques, localizado no Conjunto Panorama.

Talvez as pessoas não saibam, mas, ainda na época da clandestinidade, no período do regime militarista, eu e o pai do Jorginho éramos ativistas militantes de Ação Popular - AP e nos integramos na produção como camponeses plantando arroz à meia, numa região ausente de recursos para o atendimento à saúde no Estado da Bahia. Tendo em vista o nascimento do meu primeiro filho, Mauro Guimarães Panzera (em setembro de 1969) nos deslocamos do interior para Salvador. Na capital, juntamente com vários companheiros de AP, fomos abordados para ingressarmos no Partido Comunista do Brasil e participamos em momentos individuais de reuniões para conhecer a agremiação comunista. Eu participei da reunião dirigida pelo engenheiro eletricista baiano Jorge Leal Gonçalves Pereira às vésperas de seu deslocamento para o Rio de Janeiro. Jorge Leal foi funcionário da Refinaria de Mataripe na Petrobrás e da Companhia de Eletricidade da Bahia - Coelba. Seu nome integra a Lei da Anistia e consta até hoje da lista dos desaparecidos políticos.

Jorge Leal foi seqüestrado nos finais de 1970, numa Rua no Bairro da Tijuca, Rio de Janeiro por agentes do DOI-CODI/RJ, onde teria um encontro com um estudante. Foi levado para o Batalhão de Polícia, conforme depoimento de Cecília Coimbra, também militante à época e mais tarde uma das fundadoras do Grupo Tortura Nunca Mais. Jorge Leal jamais foi encontrado, deixou mãe, esposa e filhos, e muitos amigos. Esse é um dos tantos crimes não desvendados da sangrenta Ditadura Militar. Quando entrei para o PCdoB estava grávida do Jorge Luiz Guimarães Panzera que ao nascer, eu e o pai decidimos num tributo ao comunista Jorge Leal dar o mesmo nome ao nosso filho.

Jorge Panzera ao iniciar a decidir pelo seu próprio destino defendeu com clareza suas opiniões, mesmo enfrentando "autoridades de plantão" evidenciando sua garra e compromissos na conquista de dias melhores. Estudante militante ativista da conquista da meia passagem, coordenador nacional da União da Juventude Socialista, integrante do atual governo, destacado Secretário Estadual de Esporte e Lazer, um político jovem, competente e de fibra. Entre tantas questões que me enseja um sadio orgulho, gostaria de evidenciar sua conduta de jovem estudante numa demonstração de nobreza de pensamento. Protagonista de um fato inusitado no Colégio Estadual Santana Marques, tanto pela idade à época, como também pelo momento em que se iniciava a segunda onda feminista no país e o movimento de mulheres se organizava no Pará.

Em sala de aula a professora afirmava que, "o homem é o chefe da família". Dito que ele contestou. Alegou que "o pai e mãe comandam a família". Ao defender sua opinião espelhava na sua própria família indo além, exemplificava que sua mãe foi quem providenciou a procura de nova morada, executou a compra da nova casa e a mudança de Castanhal para o Panorama visto que o pai estava ausente de Belém (esse participava de um curso do Partido em São Paulo na ocasião). A professora convicta das normas sobre a condição subjugada da mulher, não aceitou a fala de um estudante. Fui chamada na escola para ter mais cuidado com a "educação" do Jorge Panzera. As "autoridades" se espantaram, pois concordei com o meu filho.

Jorge Panzera merece ser eleito deputado federal do PCdoB e representar aqueles e aquelas que almejam avanços sociais nas relações humanas e desejam uma voz competente na defesa do Pará. Seguirá exemplares parlamentares do povo como Henrique Santiago, Paulo Fonteles, Neuton Miranda e Socorro Gomes. Sou sua eleitora e vou pedir muitos votos dos/as eleitores/as paraenses.

Por Eneida C. Guimarães dos Santos – dirigente do PCdoB/Pará.

1 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Eneida! Parabéns Jorginho! Posso dizer que sua família é guerreira! Viva o Socialismo e vamos rumo à vitória!